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Segurança e Eficácia da Eletroestimulação: Evidências de Testes de Exercício

Autor: Yong-Seok Jee
Instituições: Research Institute of Sports and Industry Science & Departamento de Design da Atividade Física – Hanseo University, Coreia do Sul


A eletroestimulação muscular (EMS) tem aplicações terapêuticas e reabilitativas desde os anos 1960. Com os avanços tecnológicos, evoluiu para a WB-EMS, permitindo estímulo simultâneo de múltulos grupos musculares. Apesar dos benefícios observados, preocupações sobre segurança, como rabdomiólise, motivaram a padronização de protocolos seguros (85 Hz, 350 μs, 20 min, 3x/semana).

Este estudo investigou se o protocolo seguro de WB-EMS causaria alterações negativas em parâmetros cardiopulmonares e psicológicos em jovens saudáveis.

Métodos

Participantes

68 universitários (20–25 anos) saudáveis, sem histórico de doenças cardíacas, musculoesqueléticas ou uso de medicamentos. Os grupos foram:

  • Controle: usaram trajes WB-EMS, sem estímulo.
  • WB-EMS: receberam estímulo elétrico conforme protocolo padrão.

Protocolo de WB-EMS

3x/semana por 6 semanas (20 min por sessão). Estímulo: 85 Hz, 350 μs, intensidade de 80% do limite de tolerância individual (1-MT), 6s de estímulo e 4s de descanso. Durante o estímulo, os participantes realizavam 10 exercícios isométricos (como prancha, agachamento, ponte, etc.).

Avaliações

  • Teste de exercício graduado (GXT): VO₂, frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD).
  • Fatores psicofisiológicos: dor, ansiedade, fadiga e insônia, medidos por escala visual analógica.

Resultados

Cardiopulmonares

  • Frequência cardíaca e PA: WB-EMS não alterou negativamente FC, PAS ou PAD em nenhuma fase do GXT.
  • Consumo de oxigênio (VO₂): aumento significativo nos estágios 3 a 5 no grupo WB-EMS (p < 0.05), indicando maior eficiência cardiovascular.

Psicofisiológicos

  • Dor muscular: reduziu de 7,7 → 4,2
  • Ansiedade: 6,5 → 3,8
  • Fadiga: 6,8 → 3,3
  • Insônia: 5,4 → 2,8
    (p < 0.001 para todos)

Nenhum participante desistiu por desconforto; apenas cinco relataram aperto torácico leve, resolvido com ajuste no traje.

Discussão

O protocolo seguro de WB-EMS foi bem tolerado e eficaz em melhorar VO₂, PAS e aspectos psicofisiológicos. A ausência de efeitos adversos relevantes reforça seu uso potencial em reabilitação e condicionamento físico.

Resultados similares foram encontrados em estudos com adultos sedentários, sugerindo que o WB-EMS pode beneficiar populações que não podem realizar exercícios convencionais.


Conclusão

A WB-EMS é segura para jovens saudáveis e pode melhorar tanto o desempenho cardiovascular quanto indicadores psicológicos. Estudos futuros devem explorar seu uso em populações clínicas e idosas, bem como sua eficácia a longo prazo.

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